quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Tosca mas nem tanto






































































Deve ter uns três anos que vi Waking Life, de 2001, do diretor americano-texano Richard Linklater. Eu me lembro bem. Foi numa tarde de tédio (como varias outras que se seguiram após aquela), então fui numa locadora digamos, desprovida de bons filmes, aqui mesmo perto de casa. Filme denso e cheio de questões filosóficas e divagações interessantes sobre loucura e razão, religião e outras coisas que eu nem consigo classificar, estava na locadora, amazenado na seção de desenhos infantis, entre A Pequena Sereia e Aladin, ou coisa do gênero.
O que pode ter causado o equivoco de seção em que o filme estava é a maravilhosa animação feita por cima das gravações prontas com atores reais que conta inclusive com uma pequena participação do casalzinho do “Antes do Amanhecer”, do mesmo diretor, com um dialogo deveras instigante.
Do inicio ao fim, este recurso reforça a atmosfera onírica que o filme aborda com muito cenário se movendo atrás dos personagens, carros-barco, coisas aparecendo e sumindo, gente voando, andando no vácuo e se tranformando em nuvem. “Eu é que não quero ver este filme bêbado”, disse um amigo certa vez.
A trilha sonora é um show a parte que ficou por conta da chamada Tosca Tango Orchestra, um grupo de musica instrumental argentino que executou temas de Astor Piazzolla para la pelicula. Um casamento perfeito entre uma bela animação que beira o delírio e música, que para mim está no mesmo patamar da trilha sonora do Fabuloso Destino de Amelie Poulain.
Mas não é só isso! Sondtracks como este funcionam também independente do filme. É difícil uma trilha instrumental que me dê vontade de ter em casa e que ao escutar não me faça preferir ir dar banho no cachorro ou varrer o quintal ao som do puro silencio, mas esta vale a pena.

E o melhor, é fácil de achar no Soulseek. Tenta lá, tolinho.